quinta-feira, maio 11, 2006

O conhecimento, a liberdade e o medo

Um conhecimento para ser útil a todos os homens deve estar disponível e ser livremente acessível.

A produção ou a posse de determinado conhecimento por mim não deve causar medo aos outros, pois se assim acontecer é porque também tenho medo que os outros obtenham o mesmo conhecimento.

Quando provoco o medo a alguém, também crio o medo a mim mesmo, o medo da reação, o medo do contra-ataque, o medo da revolta daquele a quem causei o medo. Ou seja, quando faço alguém prisioneiro pelo medo, tornou-me, também, refém do mesmo medo.

O medo oprime o homem, paralisa sua capacidade, atrofia sua criatividade e destroe suas esperanças. O homem sem criatividade e sem esperanças está morrendo aos poucos. Viver com medo não é viver dignamente.

O conhecimento livre, disponível, acessível, sem restrições ou limites, verdadeiro e imparcial permitirá a todo homem, em qualquer lugar, construir um pensamento autêntico, crítico, tolerante, amplo e criativo, que contribuirá para que o mesmo se liberte da ignorância e do medo.

A condição básica para que eu seja livre é que os outros homens também sejam livres. Ser livre me obriga a não ter medo que os outros homens sejam como eu (ou diferente de mim). Essa liberdade me impõe a necessidade de ajudar os outros homens a conquistarem a mesma liberdade.

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