terça-feira, maio 30, 2006

Saudade

Acordei com saudade de você
Deu vontade de te abraçar.
Senti o peito apertado
E o travesseiro eu abracei.

Acordei com saudade de você
Deu vontade de te beijar.
Senti o peito apertado
E o teu retrato eu beijei.

Acordei com saudade de você
Deu vontade de te falar.
Senti o peito apertado
E este poema eu escrevi.

Acordei com saudade de você
Deu vontade de te amar.
Senti o peito apertado
E então eu chorei.


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Nota: A saudade é a prova que gostamos de uma pessoa. Quanto maior a saudade maior o sentimento. No momento estou morrendo de saudade da pessoa amada. Ela está distante, mais muito longe mesmo. Sua voz é música para meus ouvidos. Sua presença é meu maior desejo. Meu amor, volte logo....

sexta-feira, maio 26, 2006

A poesia e a Infância

Ontem (25/05) foi o encerramento do mini-curso (Inclusão Escolar: as implicações do processo) na XI Semana Acadêmica da Universidade do Estado do Pará (UEPA) do qual participei como aluno.

Na oportunidade li um texto de Rubens Alves que falava sobre a poesia na escola (Escola da Ponte - Portugal). Em seguida, recitei dois poemas meus relacionados com a infância.

Sobrevivência

Guardei o queijo.

Cadê o queijinho?
O rato comeu.

Cadê o ratinho?
O gato comeu.

Cadê o gatinho?
O cão comeu.

Cadê o cãozinho?
A pulguinha comeu.

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Fuga

Escondi o queijo.

Cadê o queijinho?
O queijinho sumiu.

Foi o ratinho?
O ratinho fugiu.

Cadê o gatinho?
O gatinho dormiu.

Cadê o cãozinho?
Tá na casa do vizinho.

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Abraços,

quarta-feira, maio 17, 2006

Lua Imaginária

Pensei que o sol
Fosse feito de ouro.
Pensei que na lua
Houvesse um touro.

Pensei que as nuvens
Fossem de algodão.
Pensei que na lua
Houvesse um dragão.

Pensei que a chuva
Fosse águas de chuveiro.
Pensei que na lua
Houvesse um guerreiro.

Pensei que os vaga-lumes
Fossem pequenas estrelas.
Pensei que a lua
Sorria ao vê-las.

Hoje tenho certeza:
A lua é uma estrela.
A lua é uma princesa.
A lua é você.

segunda-feira, maio 15, 2006

Pré-lançamento

Utopia: poemas para sonhar

É com um imenso prazer que torno público mais uma
coleção de poemas, sob o título de Utopia: poemas para sonhar.

São poemas de reflexão sobre a vida. Falam de saudade, esperança, destino, fome, morte e principalmente sobre os sonhos.

O pré-lançamento do livro aconteceu no Branco do Brasil - GEREL (Tv. Humaitá), no dia 12 de maio (sexta-feira) durante as comemorações do aniversário da dependência.

O lançamento ocorrerá em setembro próximo durante a Feira Paraense do Livro. Na oportunidade também será feito o lançamento de mais um livro de poemas "Fantasia & Poesia".

Deixo para vocês o primeiro poema de "Utopia", cujo nome deu origem ao título do livro.

Utopia

Eu não sou o que quero ser.
Sou o que vivo no meu dia-a-dia.
Sinto não porque quero sentir.
Sinto porque vivo.
E vivo sonhando.
Sonho porque quero um mundo melhor.
E a cada dia devo sonhar mais para não morrer vivendo.
Quando sofro, me fortaleço.
Se choro, é porque sinto.
E é sentindo que sei que vivo.
Se tenho medo, é porque sou mortal.
E sei que não tenho tanto tempo.

Por isso quero sorrir todos o dias.
Quero me emocionar.
Quero amar e ser amado.
Quero chorar ao deitar.
E acordar com vontade de viver.
E saber que sou alguém.
E sentir que sou importante.
E que sou livre.

Abraços

quinta-feira, maio 11, 2006

O conhecimento, a liberdade e o medo

Um conhecimento para ser útil a todos os homens deve estar disponível e ser livremente acessível.

A produção ou a posse de determinado conhecimento por mim não deve causar medo aos outros, pois se assim acontecer é porque também tenho medo que os outros obtenham o mesmo conhecimento.

Quando provoco o medo a alguém, também crio o medo a mim mesmo, o medo da reação, o medo do contra-ataque, o medo da revolta daquele a quem causei o medo. Ou seja, quando faço alguém prisioneiro pelo medo, tornou-me, também, refém do mesmo medo.

O medo oprime o homem, paralisa sua capacidade, atrofia sua criatividade e destroe suas esperanças. O homem sem criatividade e sem esperanças está morrendo aos poucos. Viver com medo não é viver dignamente.

O conhecimento livre, disponível, acessível, sem restrições ou limites, verdadeiro e imparcial permitirá a todo homem, em qualquer lugar, construir um pensamento autêntico, crítico, tolerante, amplo e criativo, que contribuirá para que o mesmo se liberte da ignorância e do medo.

A condição básica para que eu seja livre é que os outros homens também sejam livres. Ser livre me obriga a não ter medo que os outros homens sejam como eu (ou diferente de mim). Essa liberdade me impõe a necessidade de ajudar os outros homens a conquistarem a mesma liberdade.

segunda-feira, maio 08, 2006

Por que escrever?

Certa vez, um amigo me perguntou o que era necessário para escrever. Respondi que é preciso duas coisas: A primeira é saber ler, só se escreve quando se lê. A segunda é ter coragem, coragem para expor o pensamento, as idéias e as emoções.

Escrever é correr riscos. O risco da indiferença, das críticas e da inveja. Escrever, também, é recompensa. A recompensa do elogio, do sorriso e do reconhecimento.

Escrever é um exercício. Um exercício difícil, e muitas vezes, doloroso. Porque escrever não é natural, não é o mesmo que falar. Escrever exige esforço, persistência e tempo. O ato de escrever requer dedicação e coragem, porque é um círculo de sacrifícios e aprendizagens. Quanto mais se escreve, melhor se vai escrevendo, ou seja, só escreve bem quem escreve.

Escrever é ato de criação. Faço-me criador, dou vida a algo, algo existe por minha vontade. Neste sentido, transformo-me em um deus, cuja obra é uma mistura de perfeição e abominação.

Escrever é cultura, pois a palavra é criação das "mãos" de um homem. A criatura se prostitue, é promíscua, se funde, se mistura a outras, conquistando improváveis espaços e ganhando diferentes sentidos. O verbo rebela-se, torna-se carne e habita com outros homens.

Escrever é ato de liberdade. Escrevendo posso ser qualquer pessoa. Estou livre para ser o que quiser: bobo, louco, sábio, psicopata ou herói. Escrevendo torno-me livre.

Escrever é ato de fuga. Escrevendo escapo do natural, fujo do lógico, escondo-me do imediato e já não sou facilmente seduzido pela tentação da obviedade.

Escrever é arte. Emociono-me ao escrever e escrevo para emocionar. Homens e mulheres se emocionam ao ler: uns choram, outros sorriem, muitos refletem e alguns questionam. Quando leio, alguma coisa muda dentro de mim. Ninguém é o mesmo depois de uma leitura. Escrevendo artetiso do início ao fim.

Enfim, escrever é viver. Escrever é uma forma de me expor, de mostrar-me ao mundo. Escrevendo me comunico, e me comunicando vou descobrindo quem sou. Escrevo porque preciso arriscar. Escrevo porque não tenho medo. Escrevo porque vivo.

sábado, maio 06, 2006

Início

Olá galera,

Finalmente resolvi criar meu blog.
Colocarei aqui meu dia-a-dia, minhas idéias e principalmente minhas emoções.

Este espaço será meu varal de poemas, meu porto seguro e meu cantinho de conforto.

Para aquele(a)s que quiserem me conhecer intimamente aqui é o lugar certo.

Abraços,