sábado, fevereiro 28, 2009

Turbulência

Bom dia pessoal,

Depois de muito tempo, resolvir escrever novamente neste blog.

Estou escrevendo um romance que conta o drama de um homem bem-sucedido, escritor, intelectual e religioso, que se apaixona por uma mulher "simples" e casada.

O homem escreve cartas para a amada, mas nunca as entrega, com medo que o seu marido descubra o romance.

Eis uma das cartas...


Amada minha,

És mar furioso,
Impiedoso com os naufragos.
Destruiu meu porto seguro,
E afundou minha embarcação.

Para mim és turbulência, nada é mais o mesmo depois de você. Moves o chão sob meus pés e derrubas o céu sobre minha cabeça.

Não importa se mereço o céu ou o inferno, pois com você vivo nos dois e gosto. Assim, sinto-me vivo, muito vivo, mas, de alguma maneira, morrendo um pouco.

Perto de você não tenho pensamento, abandono meus princípios, perco o juízo, torno-me inconsequente e sofro. Sofrimento que não desejo alívio, que curto cada segundo.

Morro a cada despidida, a cada adeus, mas ressuscito a cada encontro. Por você desejo viver, e se for para morrer que seja em teus braços ou em tuas pernas.

Beijos, beijos, beijos.

Seu amado.