A vida é uma aventura povoada de conflitos, dúvidas e medos. Não sinto nenhum desconforto em afirmar isso. Às vezes sinto-me desamparado, perdido e solitário, não sabendo o que fazer, o que decidir.
No entanto, isso me fortalece, me faz avançar. Percebo que não sei tudo, por mais que estude. Que sou limitado, imperfeito e que por isso devo ser humilde e que também posso errar mesmo que tome a melhor decisão. Que não entendo a totalidade dos meus sentimentos e do meu próximo.
Desta reflexão nasceu essa poesia.
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E se eu não amar?
E se eu correr e não parar?
E se eu parar e não continuar?
E se eu continuar e não sonhar?
E se eu dormir e não acordar?
E se eu acordar e não levantar?
E se eu levantar e não aguentar?
E se eu adoecer e não me curar?
E se eu enlouquecer e não me acalmar?
E se eu sofrer e desistir?
E se eu for e não chegar?
E se eu chegar e não ficar?
E se eu partir e não voltar?
E se eu esperar e demorar?
E se eu procurar e não achar?
E se eu achar e não quiser?
E se eu ver e não me encantar?
E se eu me encantar e não me apaixonar?
E se eu me apaixonar e não amar?
E se eu amar e não for amado?
E se eu for amado e não perceber?
E se eu perceber e não amar?
Abraços poéticos,
Allan Lima
Belém-Pará
terça-feira, agosto 01, 2006
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